sábado, 19 de julho de 2014

Das memórias quiméricas

O coração diz: Voa, poeta!
O poeta pula da cama
E bate asas.

O coração diz: Emociona-te, ó poeta!
O poeta pega a haste da flor branca
E fura os olhos.

O coração sugere um cafezinho.
E o poeta (de olhos furados)
Tateia os potes sobre
O armário.

Encontra um broche
Que um dia prendeu
O caminho pros teus
Seios. Lembras? Aquele
Vestido seda azul decotado.


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