Temos mania de eternidade
Em tudo que pomos as mãos.
Ou ao que olhamos e pensamos.
Sabemos que somos tão fúteis
(Há quem pense divinos) justamente
Pela clareza que nos abate: "Tu morrerás,
Meu poeta, morrerás redondinho e sem falhas."
Beija as coisas mais simples em tua volta.
Abraça tuas botas velhas e mete as mãos
Naquela gaveta suja e mofada.
Tu sempre morreste, meu poeta,
Por imenso medo de ser humano.
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