Não sou eu quem te leva comigo
mas tu desde cedo que trocaste
meu sangue por versos
e tudo que circula em minhas veias
são palavras mudando de pele
entre pedregulhos
e gravetos.
Quando eu estiver bem velhinho
tu ainda serás minha bela camponesa
a amar-me com tanta loucura como no início.
E do meu sangue
havemos de beber
as mesmas palavras
fermentadas pelo tempo.
Que serão outras serpentes
marcando território
pela língua.
Que lindo!!
ResponderExcluir