Se tu me visses agora sorririas -
eu parecendo um velhinho indo pro quarto
com um copinho d'água na mão e o olhar resignado de dar pena;
se tu tivesses algum trocado sei que me darias
pra eu comprar um livro de posições bacanais
e um óleo afrodisíaco de seduzir as damas
que passam debaixo da minha varanda
e logo tomam chá de sumiço;
talvez, ao contrário do que penso, tu me abraçarias
e me levarias pra cama e lavarias meus pés com teu
bálsamo;
mas não precisas dormir comigo
meus travesseiros poderiam
te assustar tirando de dentro
da fronha todas as minhas
cartas de amor e desespero;
tu me perguntas por que os travesseiros
fariam essa maldade e eu te digo -
ciúme, menina.
ResponderExcluirNão te ler já é impossível. É que não sei olhar com esse teu olhar, mas quero ter tantos olhares, e aí pego o teu emprestado. :-)
Adorei.
Beijos,
Oh, que beleza, Domingos :)
ResponderExcluirbeijoss
e talvez uma guerra de travesseiros rsrs
É sempre bom ler a sua poesia.
ResponderExcluirA m/imensa falta de tempo não
me deixa passar por cá. com
a frequência que desejaria.
Um abraço
Irene Alves