Apaguei um poema há dois minutinhos
e só fiquei com uma camiseta dele
que dizia "as safadinhas morrem
de qualquer infortúnio, exceto
de solidão porque de solidão
morrem a xícara, botas,
fadas, andorinhas
e quem evangeliza"
O que penso é pra onde vão
esses filhos da gente quando
são apagados e resta somente
uma camiseta de profusas túnicas.
Eu tenho uma ideia -
esses pedaços
de pano e de braços
talvez fiquem no meio
do caminho entre a razão
e o mais perfeito dos delírios.
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