O café mantém com os dentes e a língua
um espetáculo de cumplicidade digno
de infarto.
Coisa que sinto agora
depois de mais uma
xícara.
Enfartar de susto por descobrir-se pobre
ou por desgosto amoroso é terrível, mas
sentir as veias inchando e vasos rompendo
por mais uma xícara do inigualável sabor
desse sujeito que se chama café mas que
poderia se chamar crepúsculo é saudável.
Dito isto, a minha xícara se excita toda
e começa a balançar a asinha serelepe.
Eu não posso recusar um convite desse.
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