domingo, 14 de outubro de 2012

meu jeito falastrão de ver as coisas

Ao sair por aquela porta
não me espere novamente aguar as plantas
com os olhos perdidos e as mãos trêmulas.

Diga aos passarinhos que acabou a graça
de tê-los por perto e ao grande relógio
pendurado na parede da sala
confesse-lhe

que nunca tive medo
das suas badaladas
no meio da noite.

Ao sair por aquela porta
não se levante, o vento
fará o trabalho sujo

e ao bater com força
tudo se partirá -

ferrolhos
e dobradiças.

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