O máximo que posso
fazer por ti é ouvir
tua cabecinha.
Os teus sonhos
que me forçam
o riso em silêncio.
Os teus ares
de vingança.
A tua fragilidade
diante do poder.
Do poder ridículo
das coisas ridículas
que passam e te roem.
Mas sou um simpático coveiro
e na hora de plantar teus ossos
cavarei uma linda e fértil horta.
Juro que nascerá
das tuas cinzas
agrião.
Ora, meu docinho,
tu sempre amaste
a tua pele irradiante
de jovem camponesa.
E assim será (prometo)
por toda a tua eternidade.
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