em escrever um poema
pra alguém muito especial
tal poema já nasce
sob o selo da corrupção.
Ninguém é tão especial
que mereça um poema
fruto de dupla vaidade.
A vaidade de quem escreve
e a vaidade de quem inspira.
A propósito,
meu docinho,
se eu quiser tirar meu bigode
não preciso pedir permissão
aos passarinhos do pé de oiti.
Mas a você (acredite)
escreveria uma carta.
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