domingo, 17 de agosto de 2014

Última carta

O xamã olhou-me profundamente os olhos.
Tossiu e me disse com a voz rouca de luz:

"Você não passa de um ora/dor,
Um patife de uma figa, um louco."

Deu-me as costas,
Antes de adentrar
A floresta escura,
Voltou o pescoço:

"Tem mais, águe aquelas plantinhas
Da sua varanda ou você não colherá
Seus cogumelos do mês de outubro."


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