Amor, agorinha há pouco,
No ponto de ônibus,
Uma mulher
(No auge
Do vigor)
Creio,
Aos cinquenta anos,
Tombou aos meus pés.
Senti uma vontade cruel
De pôr a minha mão
Sobre sua cabeça.
E absolvê-la
Dos pecados.
Mas não sou pastor
De ovelhas: sou curandeiro
De almas voluptuosas e perdidas.
Ofereci-lhe
O que tinha no bolso:
Uma pastilha pra garganta.
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