Não quebre um vaso
Na cabeça do seu amor
Só por que não gostou das flores.
Mas mande-o à pracinha
Negociar outras (e sem abelhas).
O novo jardineiro
É propenso ao suborno.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
terça-feira, 9 de junho de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Que significa século vinte e um
Para alguém que não enxerga
Com o coração?
Pessoas que guardam espinhos
Dentro dos olhos não aceitam
O próximo e a diferença.
Violentas e tristonhas
Essas pessoas sofrem.
No íntimo vivem perdidas
Sem clareza dos grilhões
Que levam aos tornozelos.
Família nasce do amor
E não de gêneros.
Amem-se.
Para alguém que não enxerga
Com o coração?
Pessoas que guardam espinhos
Dentro dos olhos não aceitam
O próximo e a diferença.
Violentas e tristonhas
Essas pessoas sofrem.
No íntimo vivem perdidas
Sem clareza dos grilhões
Que levam aos tornozelos.
Família nasce do amor
E não de gêneros.
Amem-se.
Há poetas que não precisam
De uma força oculta dirigindo-lhes
Os pensamentos, as mãos e planos.
São poetas práticos, objetivos, realistas.
Nunca encontram dificuldade no cotidiano.
Trocam lâmpadas,
Escrevem matérias geniais,
Abrem garrafas de espumante,
Não esquecem o aniversário da esposa.
Outros sequer dão um passo imaginam
Que as suas pernas não lhes pertencem.
De uma força oculta dirigindo-lhes
Os pensamentos, as mãos e planos.
São poetas práticos, objetivos, realistas.
Nunca encontram dificuldade no cotidiano.
Trocam lâmpadas,
Escrevem matérias geniais,
Abrem garrafas de espumante,
Não esquecem o aniversário da esposa.
Outros sequer dão um passo imaginam
Que as suas pernas não lhes pertencem.
Não entendo as mulheres
Que suportam homens felizes.
Aquele sorriso de encantamento,
Perdoo se estiverem amando.
A questão é que há homens felizes
Durante toda a vida solitários ou não.
Não entendo como os passarinhos
Suportam os poetas melancólicos
Que têm a janela de frente
Pros seus ninhos.
Que mundo
Especial,
Baby.
Que suportam homens felizes.
Aquele sorriso de encantamento,
Perdoo se estiverem amando.
A questão é que há homens felizes
Durante toda a vida solitários ou não.
Não entendo como os passarinhos
Suportam os poetas melancólicos
Que têm a janela de frente
Pros seus ninhos.
Que mundo
Especial,
Baby.
Queria um momento a sós com você:
Ouvi-la, ouvi-la, ouvi-la, falar-lhe
De alguns segredos meus,
Beijar seu pescoço,
Morder-lhe orelha,
Fazer amor.
Depois iria pra casa da minha mãe
E você pra sua. Se a saudade apertasse,
Eu lhe enviaria um vídeo meu erótico e você
Escreveria um poema romântico. Simples assim.
Ouvi-la, ouvi-la, ouvi-la, falar-lhe
De alguns segredos meus,
Beijar seu pescoço,
Morder-lhe orelha,
Fazer amor.
Depois iria pra casa da minha mãe
E você pra sua. Se a saudade apertasse,
Eu lhe enviaria um vídeo meu erótico e você
Escreveria um poema romântico. Simples assim.
domingo, 7 de junho de 2015
Meu filho, ultrapasse o corredor escuro
Do casarão de seus avós e só dê ouvidos
À sua sombra. Junte sua coragem ao alforje,
Prenda na crina do seu cavalo, cavalgue, conquiste
Mundos, enfrente demônios, dragões, moinhos e não
Acredite que Sancho Pança quem cuidava de Dom Quixote.
Era o Cavaleiro da Triste Figura
Que iluminava a vida do seu vassalo.
A poesia é mais bela, meu filho,
Com o sol atravessando brumas.
Do casarão de seus avós e só dê ouvidos
À sua sombra. Junte sua coragem ao alforje,
Prenda na crina do seu cavalo, cavalgue, conquiste
Mundos, enfrente demônios, dragões, moinhos e não
Acredite que Sancho Pança quem cuidava de Dom Quixote.
Era o Cavaleiro da Triste Figura
Que iluminava a vida do seu vassalo.
A poesia é mais bela, meu filho,
Com o sol atravessando brumas.
E poucos pensam naqueles
Que detestam os crédulos,
Os fiéis, os bons e justos.
Detestam, mas convivem
Sem pensar em estrangulá-los.
Pensar até pode.
E poucos compreendem aqueles
Que não sonham em salvar a alma.
Nem por isso vivem ao lado
Dos tolos demoníacos e ávidos.
Esses tristes, esses vazios,
Esses homens de péssima vontade,
Apenas ficam em seus cantos melancólicos.
Lendo um livro
E acarinhando
Um bichano.
Felizes.
Que detestam os crédulos,
Os fiéis, os bons e justos.
Detestam, mas convivem
Sem pensar em estrangulá-los.
Pensar até pode.
E poucos compreendem aqueles
Que não sonham em salvar a alma.
Nem por isso vivem ao lado
Dos tolos demoníacos e ávidos.
Esses tristes, esses vazios,
Esses homens de péssima vontade,
Apenas ficam em seus cantos melancólicos.
Lendo um livro
E acarinhando
Um bichano.
Felizes.
sábado, 6 de junho de 2015
Deixei pra trás o último fantasma.
Um bêbado de antepassado que vivia
Seguindo-me os passos sobre meus ombros.
O poeta não julga
As suas ações.
Mas no fundo sabe
Da loucura do vinho.
Não me sinto forte
Por haver sumido
Com o corpo.
Não me iludo.
Sei que há
Outros.
Meus ombros são largos
E onde pousam passarinhos
Também caem auras de parentes
Distantes perdidos que só querem diversão.
Muita coragem bater o sino de bronze
Dentro de um mosteiro enquanto
Luzes piscam lá fora.
Um bêbado de antepassado que vivia
Seguindo-me os passos sobre meus ombros.
O poeta não julga
As suas ações.
Mas no fundo sabe
Da loucura do vinho.
Não me sinto forte
Por haver sumido
Com o corpo.
Não me iludo.
Sei que há
Outros.
Meus ombros são largos
E onde pousam passarinhos
Também caem auras de parentes
Distantes perdidos que só querem diversão.
Muita coragem bater o sino de bronze
Dentro de um mosteiro enquanto
Luzes piscam lá fora.
No dia em que uma gaivota
Morrer engasgada com uma
Espinha de peixe atravessada
Não ouvirei este coração
Que rejeita o rum e as
Cartas de baralho
Mas não esquece
As palavras e cria
Fórmulas alquímicas
Misturando carne e espírito
Só pra dizer de que são compostas
Estas mãos que nunca foram minhas.
Não me perdoe
Pela poesia.
Morrer engasgada com uma
Espinha de peixe atravessada
Não ouvirei este coração
Que rejeita o rum e as
Cartas de baralho
Mas não esquece
As palavras e cria
Fórmulas alquímicas
Misturando carne e espírito
Só pra dizer de que são compostas
Estas mãos que nunca foram minhas.
Não me perdoe
Pela poesia.
A serpente não me mostrou o inferno.
Ao contrário, presenteou-me o paraíso.
Ela, o réptil bíblico e sensual,
Que ensinou ao solitário poeta
Com chantili
E chocolate
Na língua
As mulheres felizes
Jamais esqueceriam.
Só não revelou
(Por maldade
Ou distração)
Que um dia
Haveria saudade
Loucura e poemas.
E sob essas horas
Que a virtuosa serpente
(Réptil bíblico e sensual)
Escorrega pelos arbustos e cerejeiras
À espera do peito triste do sonhador.
Ao contrário, presenteou-me o paraíso.
Ela, o réptil bíblico e sensual,
Que ensinou ao solitário poeta
Com chantili
E chocolate
Na língua
As mulheres felizes
Jamais esqueceriam.
Só não revelou
(Por maldade
Ou distração)
Que um dia
Haveria saudade
Loucura e poemas.
E sob essas horas
Que a virtuosa serpente
(Réptil bíblico e sensual)
Escorrega pelos arbustos e cerejeiras
À espera do peito triste do sonhador.
Durante toda a minha vida
Não me lembro de ter existido
Fora de mim mesmo: Não sou
O morador, sou a própria casa.
A casca do ovo,
O núcleo da gema.
Quando vi vocês
Com seus martelos
E ferramentas pensei
Epa, vão me tirar à força
Da minha cabeça, sabe naquela
Noite alguém entrou e era você
Tão linda com seu vestido de peles.
Uma ave de ribanceira,
Uma codorna ferida.
Não me lembro de ter existido
Fora de mim mesmo: Não sou
O morador, sou a própria casa.
A casca do ovo,
O núcleo da gema.
Quando vi vocês
Com seus martelos
E ferramentas pensei
Epa, vão me tirar à força
Da minha cabeça, sabe naquela
Noite alguém entrou e era você
Tão linda com seu vestido de peles.
Uma ave de ribanceira,
Uma codorna ferida.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
O meu contentamento
(Nunca houve outro)
É o ruído da corda
Em volta
Do pescoço.
Parece-me
Que mataremos
Um rato que não soube
Roubar com elegância um beijo.
Desde cedo compreendi a farsa
Dos sorrisos fáceis e perigosos.
E não levei adiante
Tal descoberta como arma,
Tatuagem no peito, um brasão.
Subi às estrelas escuras
Partilhando a poesia.
(Nunca houve outro)
É o ruído da corda
Em volta
Do pescoço.
Parece-me
Que mataremos
Um rato que não soube
Roubar com elegância um beijo.
Desde cedo compreendi a farsa
Dos sorrisos fáceis e perigosos.
E não levei adiante
Tal descoberta como arma,
Tatuagem no peito, um brasão.
Subi às estrelas escuras
Partilhando a poesia.
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