O poema de amor é livre
Para ser tatuado nas costas
De uma gaivota ou serpente.
O poema de amor
Há de ser fantástico
Tais as cartas
De Fernando
Pessoa.
Ou as epístolas
De um padre
Pro filho
Pagão.
O poema de amor é como perder
Um amendoim no tapete da sala.
E nunca mais encontrar.
E se encontrar, já não servir.
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