Um dia fui ajustando um poema
Como quem poda uma árvore minúscula
Ou como quem tosa uma ovelha cabeluda.
Quando vi tava a miniatura de árvore
Somente os galhos e a ovelhinha
Olhava-me furiosa.
A pequena árvore esqueleto
Lançou um galho ao meu olho.
E a ovelhinha despida
Mordeu-me o braço.
O que fiz?
Ora, corri.
Até a árvore sentir frio
E a ovelha morrer
De vergonha.
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