sábado, 11 de junho de 2011

a traição dos travesseiros

Só agora notei  na parede
encostada à minha cama

uma mancha escura
como se um sujeito carvoeiro
houvesse colado as costas.

Ah, então é isso, enquanto durmo
os meus travesseiros mantêm
um certo envolvimento
com a parede.

E eu que pensava o único amor
dos meus travesseiros
a minha nuca.

Confiava a eles os meus sonhos e a minha insônia.
Mas sabe-se lá o que planejavam os pérfidos
à cabeceira da cama.

6 comentários:

  1. Excelente o poema, mas dormir sem confiar nos travesseiros? Yayá.

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  2. pois veja só, Yayá,
    a que ponto chegamos
    ... (rs)


    Abraço carinhoso.

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  3. Nem nos travesseiros dá mais para confiar, né? rs...

    Beijo!

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  4. imagina, então, Lara,
    o espanto meu
    e a desolação
    minha
    ... (rs)


    Beijo carinhoso.

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  5. a conspiração nocturna
    não sei porquê hoje fiquei com medo de ir dormir!

    Beijo
    LauraAlberto

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  6. ah, Laura, certamente
    os seus travesseiros
    não são loucos
    de perder tempo
    tramando com a parede
    debaixo dos seus cabelos
    de lírios
    ...



    Beijo carinhoso.

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