terça-feira, 28 de junho de 2011

cafeína

A verdade é que eu sou um pescador
encantado e perdido em alto mar.

Os versos que escrevo
às vezes sonho dentro de uma ostra
outras vezes deliro nas costas de um golfinho.

São versos sinceros como ontem
quase morri de dor de cabeça

e só havia as estrelas
únicas testemunhas
do meu transe.

Não é bom ter somente estrelas
por perto quando a cabeça explode.

Dá vontade da gente querer ser também estrela.
Deixar o mar e não se despedir da mãe nem do filho.

O que diria meu filho sem pai nesse mundão de mar
e como choraria minha mãe sozinha no seu quarto.

6 comentários:

  1. Um café cai bem à beira do mar. Um abraço, Yayá.

    Ps. Postei uma oração comemorativa dirigida aos seguidores e visitantes.

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  2. É lindo, deixou-me frente ao mar.
    Bjos

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  3. Belíssimo!
    A sua poesia é muito criativa a nível das metáforas.

    Um beijo

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  4. será que dentro da baleia Jonas sentia a imensidão do mar,

    abraço

    p.s. café, solidão e maresia: corrosivos diários

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  5. um oceano, um grito
    Abraço
    LauraAlberto

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  6. Oi, querido

    Tua poesia é vida, é dia a dia, é explícita tanto quanto a tua original capacidade de fazer versos de tudo que te rodeia.
    Admirável.
    Beijokas.

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