sexta-feira, 1 de julho de 2011

místico

Qual o destino de um homem
de rosto áspero e sem barbeador.

As coisas encantam-se
dentro do meu guarda-roupa
em questão de segundos.

Algum tempo atrás
eu jurava que eram
as formiguinhas
as ladras.

Depois passei a pôr a culpa
nos meus queridos duendes.

No fundo sempre soube
que é a minha alma
pregando peça:

rouba band-aid
para que o sinal
nunca sare

e foge com o barbeador
para que as minhas faces
amedrontem o espelho.

É a sua deliciosa vingança
contra a vaidade do corpo.

9 comentários:

  1. Na pressa tudo se perde, os duendes aprontam com quem tem pressa. Rsrs. Um abraço, Yayá.

    ResponderExcluir
  2. ...contra a vaidade do corpo e o castigo da alma!

    ResponderExcluir
  3. Perdoe-me o silêncio, poeta dos dias!

    Beijinho sem fôlego!

    ResponderExcluir
  4. Alma versus corpo, eterna guerra, meu querido Domingos, grande poeta!
    Folgo em saber que as formiguinhas são inocentes...Você sabe como gosto delas!
    Adorável, amigo, o seu poema! Como sempre!
    Bjs

    ResponderExcluir
  5. Muito bacana as conecções introduzidas neste poema. Vaidade, misticismo, punição. E tudo numa linguagem muito leve e gostosa. Gostei muito do poema.

    abraço!

    ResponderExcluir
  6. nas urgências do corpo esconde-se a essência, essa que não tem olhos e jamais quis saber de espelhos.
    um abraço, poeta amigo!

    ResponderExcluir
  7. me sinto envaidecida de ser sua leitora assídua(essa tal de rima me persegue)

    saudade de ti, sabia?

    beijo, bruxo benigno.

    ResponderExcluir
  8. Domingos: são os rótulos..que devemos abandonar pouco a pouco...adorei td por aqui...vou te linkar nas minhas páginas,ok?
    abraços mil!!

    ResponderExcluir
  9. agorinha mesmo fiz a barba e me cortei, alguém me olhou e disse que eu sangrava no rosto, pena que ele não via meu coração


    abraço

    ResponderExcluir