Fiz a barba e rezei um pai nosso
pois se aproxima o mês de agosto:
é por demais temerário o poeta
dormir e acordar de barba longa
e coração exposto.
A ventania já levou as portas
(trancas, trincos, ferrolhos)
só há como porto seguro
a sua toca atravessando a ponte
depois da margem esquerda
debaixo do último arco-íris.
Digam adeus ao poeta
apesar da estação vazia
e do trem que nunca chega.
Mas olhem lá, fumaça!
Ouçam o apito!
Embarquem logo esse louco
ajudem-no com suas malas,
cuias, alforjes, trouxas
e mochilas.
Vejam que lindo o bardo
sentado em cima do vagão
a tocar ora sua flauta doce,
ora a gaita de bob dylan.
Digam adeus ao poeta
e deem-lhe as costas
e não olhem
para o céu.
(só vejo pássaros
e nuvens perdidas)
nananinanão! deste poeta fabuloso não me despeço tão fácil...
ResponderExcluirbeijo, bruxo benigno.
Boa tarde poeta!
ResponderExcluirTambém não vou dar adeus ao poeta, pelo contrário, vou lê-lo qualquer dia lá no meu pedaço.
Não deixe de conferir o primeiro poeta que li hoje lá no Me and You.
Em breve será você.
abraço carioca
Poxa, que lindo... Às vezes, eu tenho vontade de me despedir de mim.
ResponderExcluirGrande abraço, poeta!
Sua poesia é um tesouro.
Lindo, mas fique na estação. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirpássaros e nuvens ao gosto do verbo,
ResponderExcluirabraço
Eu troco o "adeus" por um "até logo", fácil, fácil.
ResponderExcluiren lá vai o poeta =]
ResponderExcluirVerdade que tudo passa, mas nada justifica perder um poema desses.
ResponderExcluirAbraço, Domingos.
Que tua voz seja eterna, poeta dos dias!
ResponderExcluirBeijinho carinhoso!
p.s:Pensei já ter comentado este poema...