Não me peças para te levar ao alto da montanha.
Existe um ponto no desfiladeiro que muitos pulam.
Alguns dizem ter ouvido deus tocando blues.
Outros que foi uma linda luz branca
saindo do abismo.
Eu acredito em todos eles,
por isso não levo ninguém comigo.
Não é da minha natureza passar toda uma vida
crucificado e atormentado pela loucura do próximo.
Fica na praça.
É um lugar tranquilo.
As crianças espantando pombos.
As velhinhas simpáticas.
As madames com seus
cachorrinhos poodles.
(não me segures pelo braço,
não tentes ir dentro do bolso
do meu bermudão)
Caso naquele temido ponto do desfiladeiro
eu ouça deus tocando blues ou veja
uma luz radiante,
eu pulo
e te mando notícia
em breve.
:) magnifico!
ResponderExcluirSe você levasse um violão para acompanhar deus
ResponderExcluireu
sapo
iria dentro...
Lindo poema.
bjs
Rossana
Na praça é que é. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirBelo poema; a imagem de deus tocando blues é forte e sugestiva; lembrei que 'blue' pode significar triste, 'feeling blue'... deus toca canções tristes.
ResponderExcluirBeijo,
Mar
há saltos que não se evitam
ResponderExcluirhá versos que não se silenciam
há viagens que jamais terminam.
é essa a natureza dos poetas.
abraço, domingos-amigo!
aprendi que atrás de uma montanha há sempre outra montanha maior
ResponderExcluirboa viagem, poeta estrangeiro!
Beijo
Laura