terça-feira, 26 de julho de 2011

dançarina

Se eu tivesse de escrever um poema
que não esquecesse facilmente
não escreveria para seus olhos
nem para sua bunda:

escreveria, meu bem,
para suas panturrilhas.

Eu não olhei para os seus cabelos
quando a vi na praia nem para
os seus belíssimos seios,

eu me encantei com suas panturrilhas
e antes que eu morra escrevo meu epitáfio:

"aqui jaz um atormentado poeta
que deixou lá fora
um par de panturrilhas
para alguns patifes"

Não permita, meu bem, que eles
chupem-lhe e mordam-lhe
as panturrilhas.

As suas panturrilhas
são as minhas doces
mangas rosas.

Só eu posso mordê-las
e chupá-las igual a criança.

Eu amo suas panturrilhas
como nunca amei uma alma.

A sua alma
são as suas
panturrilhas.

9 comentários:

  1. Interessante metonímia...

    = )

    Beijinho carinhoso, poeta Domingos!

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  2. Panturrilhas de bailarinas parecem ser comestíveis, bonitas mesmo, rs.

    Que fofo seu poema!

    Beijo.

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  3. Caro Domingos, meu querido amigo, grande poeta, cá estou, deliciando-me com estes seus versos, como sói acontecer, esperançosa de que o blogger me permita concluir a postagem deste comentário...
    Tomara!
    Abraço apertado da
    Zélia

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  4. prefiro mãos, mas essa panturrilha dessa figura deve ser uma gostosura kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  5. Poema que fala do amor como eu o penso...

    um par de panturilhas ou uma nuca de gato...

    =)

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  6. Bonito amar assim!!! Amei tbém! Bjinho...

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  7. os segredos insondáveis escondem-se nas partes mais improváveis do corpo. e em matéria de amor e afectos, nem se fala, então.
    um abraço, caro amigo!

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  8. Só mesmo poetas para ver beleza em coisas que ninguém percebe.
    abraço carioca

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