sexta-feira, 24 de junho de 2011

sátiro não sabe tocar flauta

Os versos egoístas e tristes
não te mostrarei novamente,

queimo-os dentro de mim
sem cerimônia.

Sei que a cada fornalha e urro na fogueira
perco um pouco da essência de monstro.

Mas, diz-me, o que vale
um monstro inocente
só quando dorme?

Os versos tristes e egoístas
deixarão de te fazer sofrer
ou te alegrar por vingança,

queimo-os dentro de mim
sem altar e sem unguentos.

6 comentários:

  1. É preciso ser forte para aniquilar as tristezas, mas vale a pena. Amei o seu poema. Um abraço, Yayá.

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  2. Ai, que falas de versos egoístas e tristes...
    Penso que, aprendendo tua lição, também devo fazer fogueira ...
    Poema adorável, meu querido amigo, grande poeta!
    Como sempre...
    bjs

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  3. " só quem já queimou na fogueira sabe o que é ser carvão... "

    beijo, bruxo benigno!

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  4. "Por que queimar minha fogueira..."

    Maravilhoso, maravilhoso!

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  5. Deixa que teus versos transbordem de emoções, poeta dos dias!

    Beijinho de domingo!

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  6. li os dois sátiros e digo:
    sátiro sabe escrever poesia
    Abraço
    Laura

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