sexta-feira, 10 de abril de 2015

Desde cedo
Uma folha de oiti
Dorme sobre meu sofá.

Ainda não tive coragem de tocá-la.
A folha de oiti traz pelo seu corpo
As primeiras brisas da aurora.

Sei disso por que fez frio e bateu vento forte
Dois minutos antes que as nuvens corassem.

Durmo de janela aberta
Por dois motivos, meu bem:

Para ver as nuvens corando
E convidar as folhas de oitis
Ao sono imperturbável de órfãs.

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