Quando um facho de fogo
Cair das suas mãos, não
Pegue, só afaste os pés
Pra não se queimar.
O impulso de sobrevivência
É patético para quem observa
Do alto sem delicadeza alguma.
O meu deus ao gargalhar
Dá-me vontade de prender-lhe
A barba dentro de um garrafão de vinho.
E lançar em alto mar
O meu poema de náufrago.
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