O boticário vê coisas
Tarde da noite no sótão
Manipulando fragrâncias.
Escapam dos frascos transparentes
Fantasmas de damas francesas
Com seus chapéus de renda
E broches de flores
Secas.
O boticário morre e mata
Por um perfume especial.
Mas neste momento
Uma lagartixa albina
(Dessas pequeninas
Que comem insetos)
Passeando pelo tapete
Debaixo da mesinha
De centro
Oferece-lhe
Mais encanto.
E o boticário alegra-se
Por sentir arrepios
No seu braço.
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