Vá embora,
Poeta.
Siga o caminho dos cupins,
Após comerem duas portas.
Hoje os poemas
Fugiram do tronco.
Só querem vento
No rosto e pneumonia.
Vá embora,
Poeta.
Acompanhe os passos dos cupins
Gordos e felizes das duas portas
Que destruíram.
Hoje os poemas
Vivem no meio
Do mato.
Em volta
De fogueiras
Ópio e insetos.
Vá embora,
Poeta.
Os poemas
São escravos fujões
Com sede de vingança.
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