Eu já fui um cavaleiro fiel e dedicado
mas um dia a minha frágil
e doce mocinha
levantou-se altiva e louca,
fechou todas as portas
e sumiu do castelo.
Eu também já tive
sobre o baú antigo
uma caixinha de música
mas em uma noite fria
a minha bailarina
pulou do palco
esqueceu suas sapatilhas
desceu as escadas do prédio
e sem olhar para trás
não se despediu
do meu jardim.
Não é fácil para um cavaleiro
acostumado a batalhas
por honra e amor
acordar sem ouvir os gritos
de uma mocinha linda
apavorada com insetos
com trovões, sombras
e pios de coruja.
Terrível olhar para o baú antigo
e só ver aquelas sapatilhas
sem os pezinhos
da bailarina.
Até hoje tenho pesadelos -
se lobos comeram a mocinha do castelo
ou se peixes engoliram a minha bailarina.
Não vivo um minuto em paz,
como posso.
Um cavaleiro precisa de mocinhas sensíveis
para proteger e um ogro de uma bailarina
para vê-la girando e girando
quem sabe um dia o vento
derrube-a ao seu colo.
mas um dia a minha frágil
e doce mocinha
levantou-se altiva e louca,
fechou todas as portas
e sumiu do castelo.
Eu também já tive
sobre o baú antigo
uma caixinha de música
mas em uma noite fria
a minha bailarina
pulou do palco
esqueceu suas sapatilhas
desceu as escadas do prédio
e sem olhar para trás
não se despediu
do meu jardim.
Não é fácil para um cavaleiro
acostumado a batalhas
por honra e amor
acordar sem ouvir os gritos
de uma mocinha linda
apavorada com insetos
com trovões, sombras
e pios de coruja.
Terrível olhar para o baú antigo
e só ver aquelas sapatilhas
sem os pezinhos
da bailarina.
Até hoje tenho pesadelos -
se lobos comeram a mocinha do castelo
ou se peixes engoliram a minha bailarina.
Não vivo um minuto em paz,
como posso.
Um cavaleiro precisa de mocinhas sensíveis
para proteger e um ogro de uma bailarina
para vê-la girando e girando
quem sabe um dia o vento
derrube-a ao seu colo.
lindo, todos nós precisamos de uma(s) batalha(s)!
ResponderExcluirAbraço
LauraAlberto
Domingos, a sua poesia tem mesmo aroma, que a gente se sente em casa, se sente no jardim, no quarto, na cozinha quando a lê, e a gente nem é mais uma doce mocinha :)
ResponderExcluirbeijosss
Lindo, Caval(h)eiro!
ResponderExcluirVejo uma bailarina sorridente a rodopiar pelo seu poema. Muito meigo!
Beijo.
nem todo o círculo e movimento giratório apontam ao infinito. mas a tua poesia e garbo caval[h]eiro são a rota precisa.
ResponderExcluirgrande abraço, amigo domingos!