terça-feira, 25 de outubro de 2011

tríade

Se eu fosse o que penso
seria um céu cheio de nuvens
mudando a cada minuto
de fisionomia.

Também seria o crepúsculo
com suas cores silenciosas
às vezes tristes.

Mas o que sou
nem a mim mesmo digo
durante o tempo em que morro.

Apenas quando durmo
e tomam meu corpo
outros pensamentos,

revelo então uma ponta do céu
além deste acima do teto

e outro entardecer
que não é o mesmo
de lá fora.

Uma luz difusa entretanto
não me deixa confiar tanto
no que sou sob sonhos

pois esses pensamentos
têm a vida daqueles
quando acordo.

Graças! [grito às paredes]
dormindo ou acordado
eu não sou o morto
nem desperto.

5 comentários:

  1. Um poeta que toma a forma que quiser...Pássaro, nuvem, folha e vento...
    Mas creio que também nem a mim digo quem sou.
    Beijos,

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  2. Poema bonito...ser ou não ser rs...
    Adorei!
    Bjo, saudade,
    Dani

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  3. Os pensamentos mudam com o jornal, a rádio, a tv, etc. A inspiração vem depois das leituras. Um abraço, Yayá.

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  4. és bem mais do que imaginas...

    beijo, bruxo!

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  5. onde guardamos os nossos limites?
    abraço, poeta!

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