domingo, 30 de outubro de 2011

é hora de queimar seus versos

O pingo do chuveiro
dentro do balde
emite um som
de sapo,

um sapo preguiçoso
coachando pela metade.

Embora tanto delírio
o poeta não viaja
além do poema.

Os versos têm faces ocultas
cujos disfarces podem
enlouquecer um
iluminar outro.

Que o poeta queime seus versos
sequer uma vez na vida
para sua própria
salvação.

A fumaça é outra
a tosse é de outra asfixia.

3 comentários:

  1. Domingos, você tem uma poesia tão peculiar e tão leve mesmo quando densa. Eu gosto tanto de ler. É como levar uma picada diante de um lindo sol. Não sei descrever. Mas sei que adoro :)
    beijoss

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  2. Eu sempre dou fim aos meus versos... de tempos em tempos... quando descubro que não são versos...

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  3. o poeta
    o não poeta
    o poeta

    é como um mal-me-quer

    beijo
    LauraAlberto

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