Nunca direi qual o caminho o louco há de seguir
nem a nuvem em qual terreno árido deve chover.
Os meus pés já me doem
as minhas mãos tremem.
O louco precisa conhecer de perto
o seu olhar fundo e o brilho oculto.
A nuvem com o tempo há de fugir
da altivez e da desordem do vento.
Não sou o escolhido para indicar ao louco
o seu tesouro escondido atrás das costelas.
Nem à nuvem mesmo a mais solitária
apontar onde dorme e sonha o oceano.
Amanhã o louco pode se cansar da sua loucura
e a nuvem simplesmente se perder da sua vista.
"A nuvem com o tempo há de fugir da altivez e da desordem do vento..."
ResponderExcluirMuitas vezes me sinto 'nuvem'... algumas vezes, 'louca'... e no mais das vezes, eremita!
Sensacional!
Beijokas e meu carinho.
Um blog interessante. Obrigado.
ResponderExcluirPor vezes, os poemas catapultam-nos para o mais intimo imaginário. Na verdade, no peito de cada homem "baila" sempre o desejo de ser pássaro: uma fantasia de Sol onde o sonho nunca deixou de brilhar.
Abraço
Paulo
PORTUGAL