Veste aquele teu short jeans minúsculo
e vai até a praça. Estarei no banco
no terceiro atrás da banca
de jornal.
Não digas: "ui, menino"
Dize: "ai, cavalão"
É isto que sou,
um cavalão.
Morderei teu braço
(não morderei outra coisa
porque é cedo e tem criança
brincando de skate e patins)
Tu não sabes da minha loucura de celibatário.
Dentro do meu baú guardo filhos órfãos.
Não esqueci o presente
que tu me impuseste:
um frasco de perfume
e duas rosas vermelhas.
Enquanto tu lanças o olhar sobre a minha oferenda
eu te mordo agora o que não podia há dois minutos.
A praça ficou deserta.
Pula ao meu colo.
Deixa-me trincar tuas orelhas
e beijar tua nuca: eu sou um cavalão
e cavalão que se preza come milho
lambuzando o pescoço da amada.
Nunca repitas "ui, menino" A partir de hoje,
somente: "ai, cavalão" É isto que sou,
um cavalão.
Eu adoro vir aqui, sempre me delicio nos seus versos. Você é hiláriamente poetico. Adorei! Seria uma honra receber sua visita no meu blog. http://rose-sousacoracaodefera.blogspot.com/
ResponderExcluircaro amigo,
ResponderExcluiradmirável o tom deste teu texto em perfeita harmonia com o título. de uma linguagem viril, masculina, quase violenta, nasce a graça de todo um ritual amoroso que elevas com a maestria delicada do teu canto.
luxúria soberba!
um forte abraço!
upa, upa alasão!
ResponderExcluirbeijos e beijos.