quinta-feira, 11 de agosto de 2011

viajante

Hoje salvou-se uma alma.
Limpei o quarto como nunca:

computador, teclado, piso,
livros, ventilador,

mudei colcha
e fronhas.

A sensação é a mesma
quando se aprende a pescar

e em seguida tem nas mãos
um fabuloso peixe
dando pulos
e pernadas.

Sequer vi uma formiguinha pra contar estória.
E olha que sempre debaixo da cama
e atrás do guarda-roupa havia
uma aldeia delas em torno
da fogueira.

Somente a minha xícara sobre a estante
continua sorrindo com as suas fissuras
na circunferência.

Amo-a,
amo-a tanto.

3 comentários:

  1. Eu acabei de tomar café na minha caneca preferida, na cozinha; um poema bastante simpático. Um abraço, Yayá.

    ResponderExcluir
  2. bela declaração de amor.

    uma vigem terapêutica, um olhar que só tu conheces e nós. tu nós
    empresta.

    tenha uma linda noite amigo

    ResponderExcluir
  3. Obrigada pelo gentil comentário no Flores e Flechas... Obrigada pelas palavras de carinho, ta..

    Gosto muito de respirar o ar de seus poemas tb.

    Abraço em ti.

    ResponderExcluir