Esqueci como se deita sobre o colo de quem se ama
e treme os olhos admirando o brilho das estrelas.
Creio que somente os sapos e suas sapinhas
ainda nutrem dentro da alma essa loucura.
Porque de fato é loucura.
Vai que desaba uma estrela
dentro do olho do apaixonado.
Como haverá de nascer o dia
(com suas batalhas e seus medos)
ora sombra e ora fresta
debaixo da porta.
O apaixonado para sempre será outro
a carregar um brilho falso de cadáver.
Porque as estrelas quando morrem
escrevem versos no espaço
e iludem.
Não esqueci esse clima de morte
e de festejo quando deitado
no colo de quem se ama
a cada intervalo de beijo
vem a terrível dúvida
do amor que se sonha
e do amor que já foge.
Os humanos são apenas tímidos arautos
de um sentimento nobre e exclusivo
dos sapos e das suas sapinhas.
Porque um dia esses sapos
e essas doces sapinhas
foram príncipes
e princesas.
Conheceram de perto os degraus do palácio
e agora, anfíbios, cantam enfeitiçados
boiando na água escura do pântano.
Eu amo, amo, amo te ler. Teus poemas são fabulosos, cheios de engenho e originalidade. Você me surpreende sempre e preciso ser surpreendida.
ResponderExcluirEstou sempre por aqui, ainda que na ponta do pé. Sabes disso, né!
Beijo no poeta Barroso e no papai Domingos.
Crisântemo.
é de encantos que os sapos e as sapinhas coaxam o lirismo de pântano, as estrelas enganam quando se olha do colo da amada, miro-as de soslaio
ResponderExcluirabraço
É um risco e o seguro não cobre os danos. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluir"vem a terrível dúvida
ResponderExcluirdo amor que se sonha
e do amor que já foge.
Os humanos são apenas tímidos arautos
de um sentimento nobre e exclusivo
dos sapos e das suas sapinhas."
kkkkkkkkkk
Demais isso. Eu amo amar.
Abraço em ti. =*
P.S. Você não me disse ainda que vai participar da festinha do meu blog. Quero um poema seu no dia 29!
=)