Se vomitasse o céu e todas as suas gaivotas
entenderia esse desejo mórbido que tenho
pelas coisas no fundo do guarda-roupa,
debaixo da cama, dentro das paredes.
Cafezinho, cocaína, vinho,
livros, versos, solidão, fúria:
tudo é a mesma dor
sem diferença.
A minha tristeza
não se modifica.
O céu não vomito.
E as gaivotas voam alto.
É tudo aço , de adiposidades poéticas.
ResponderExcluirum abraço , grande poeta !
o sabor deste poema ficou me debaixo da pele
ResponderExcluirAbraço!!!
Laura Alberto
"...tudo é a mesma dor
ResponderExcluirsem diferença"...
Grande verdade.
bjs
Rossana