Você sabe como preparar uma galinha à cabidela.
Antes do divórcio deveria ter roubado a receita.
O segredo não está no tempero depois da galinha morta, isso eu sei.
O segredo talvez esteja no jeito que você cuida das suas galinhas.
Todas elas usam lacinho no pescoço
e guizos nos tornozelos.
De noite dançam música flamenca
e só dormem após duas taças de licor.
Quando morrem
elas morrem felizes.
Deveria ter roubado essas galinhas
enquanto você fazia minhas malas.
o segredo das coisas maiores esconde-se sempre por detrás das improváveis insignificâncias, verdade?
ResponderExcluirqualquer casamento devia ter no clausulado assegurada a receita da cabidela com vinho tinto do douro :)
um abraço, poeta-amigo!
Grande poeta e amigo
ResponderExcluirJorge Pimenta,
concordo contigo tanto na plenitude das coisas simples quanto no banquete
da galinha cabidela com vinho tinto
(rs)
forte abraço,
camarada.
Poema consumado no palato que é uma espécie de céu sempre vazio de nuvens, mas repleto de memórias.
ResponderExcluirDiria surreal, mas é tão concreto!
Bom demais.
Um abraço, Domingos.
Marcantonio,
ResponderExcluiré justamente essa concretude carregada de memórias
o véu descortinado
...
forte abraço,
grande poeta
e amigo.
a saudade é também olfativa, o zelo do algoz para com a vítima fica impregnado,
ResponderExcluirabraço
irmão Assis,
ResponderExcluira saudade
é toda
sentidos
...
forte abraço.