domingo, 8 de maio de 2011

paremos por aqui

As minhas lágrimas nesse momento
misturam-se a um vinho
e há outra garrafa
na geladeira.

Manuel Bandeira tinha amigos
e era um brincalhão.

Eu sou triste feito uma taça
cheia, meia ou vazia.

Sou triste mesmo
e ponto e fim.

Já viu um homem chorando, baby?
Um homem que é quase outro ente?

O manjar dos deuses
é a solidão do poeta.

Não deseje para você esse frio
esse afogamento enquanto
golfinhos dançam
e sorriem.

Vou pegar a outra garrafa na geladeira,
com licença (aproveite e veja se da sua
janela há alguma nuvem parada e triste)

14 comentários:

  1. as nuvens são por excelência inflamadas, nós é que não percebemos o fogo que as consome


    abraço

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  2. Ah, que lindeza, meu querido amigo Domingos, grande poeta!
    Essa maneira informal , essa intimidade com que você trata as palavras, deixam-me absolutamente encantada!
    Se você não existisse seria preciso inventar, pois sem sua poesia a blogosfera não seria a mesma...
    Adoro vir aqui!!!
    Abraço bem forte da
    Zélia

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  3. Hoje você falou por mim. E isso é tão bom...bjos, amigo querido.

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  4. Irmão Assis,
    e esse fogo embora no alto
    vive dentro de nós mesmos
    ...

    Forte abraço.

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  5. Elevada poetisa e minha amiga Zélia,
    a tua doçura e gentileza encantam-me
    infinitamente
    ...

    Obrigado pela sensibilidade
    da tua alma, carinhoso abraço.

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  6. Daniela, doce amiga,
    fico contente por nossos silêncios
    terem se cruzado em um puro momento
    de Poesia
    ...

    Beijo carinhoso.

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  7. Um brinde à solidão do poeta...de que outro modo ele obteria o silêncio necessário para concretizar a poesia?

    Beijinho cúmplice, poeta Domingos!

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  8. amigo domingos,
    o homem tende a anoitecer nas sombras que germinam nas pradarias do seu corpo. combate-as, exorciza-as, mas, mesmo nos dias de sol, há sorrisos que sabem a gotas de chuva.
    um abraço!

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  9. miro
    a meia lua
    entre a nuvem
    inteira
    ...

    beijo, poeta gigante!

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  10. AnaLuz, brindemos então
    sempre abertos a outros
    olhares
    ...

    Beijo carinhoso,
    sensível poetisa.

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  11. Meu amigo e grande poeta Jorge Pimenta, são esses sorrisos
    "que sabem a gotas de chuva"
    a furtiva transparência
    ...

    forte abraço.

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  12. A tua janela é mágica
    e a dona dos olhos
    atenta
    ...

    Beijo carinhoso,
    Crisântemo.

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  13. As nuvens vêm e passam. Como cavalos ultrapassando obstáculos, também o homem assiste à sua chegada e suspira com a sua partida.
    Beijinho poeta

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  14. Adorar os cavalos
    sob texturas de nuvem
    é uma eterna ansiedade
    (feito o sol que nasce
    e já traz no olhar
    a noite)
    ...

    Beijo carinhoso,
    Sandra.

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