Durante minha ausência
você abriu tantas portas
que é impossível voltar
pelo mesmo caminho
para a mesma casa.
Minha diversão agora
é ver minha sombra
noutras calçadas
ora bebendo água da chuva
ora bronzeando o pescoço.
Seu pecado foi abrir tantas portas ao mesmo tempo:
reina uma confusão de brisas, cheiros, folhas secas.
Eu que não sou bobo fujo da sua rua
sempre que vou comprar pão.
Ainda tenho medo que a sua porta aberta me convença
que tudo mudou que é outro momento que a vida é bela.
Tanta porta aberta sugere destinos vários.
ResponderExcluirUm poema de aromas que encerra infância, juventude e velhice.
Belo, belo, Domingos.
Parabéns e espero que esta não seja a última flor de sua lavra poética.
Camarada Paulo,
ResponderExcluiro jardim todo dia
é mais florido
quando abrimos
bem os olhos
a última flor
amanhã já é outra
...
"Um poema de aromas que encerra infância, juventude e velhice"
é isso mesmo.
Forte abraço
o medo é algo que engessa e paralisa, não nos esqueçamos que certas flores, odores, sabores, e novos caminhos só existem porque existimos, permitimos...
ResponderExcluirbeijão nesse sábado, Domingos!
existir é a dádiva
ResponderExcluirbasta estar atento
...
beijo carinhoso,
Canto da boca.
o paradoxo da sedução: quantos mais caminhos, mais variantes
ResponderExcluirabraço
é isso, irmão Assis
ResponderExcluire quanto mais voltas
anseios e febre
...
forte abraço.