sexta-feira, 20 de maio de 2011

coral de freiras

Depois dos estigmas
marcarem a alma

é em vão
a peleja

mesmo que lutes
e te rebeles.

Que importa o sonho
se de noite a fome
é tanta e a batalha
infame.

Agarra-te à névoa
e não confundas

lágrimas das estrelas
com os respingos
das andorinhas.

As estrelas são sinceras
e morrem silenciosas.

As andorinhas quando choram
fingem, mas não me digas:

preferes uma estrela distante
a uma andorinha felpuda
entre os dentes?

15 comentários:

  1. das andorinhas, sei eu, quase todas são falsas
    beijo
    Laura

    ResponderExcluir
  2. Sua poesia é forte, sensível, forte e delicada, deixando-nos simplesmente à vontade pra ler, sentir, estar, é como olhar nosso próprio espelho e sentir que estamos dentro dos nossos olhos observando-nos atentos e sem mascaras.
    seja sempre bem vindo amigo...

    ResponderExcluir
  3. Adoro imaginar, Domingos... mas me é vital o gosto de sangue na boca...

    Beijinho de fim de semana, poeta dos dias...

    ResponderExcluir
  4. mas convenhamos, Laura,
    elas são tão felpudas
    (rs)

    beijo carinhoso,
    poetisa.

    ResponderExcluir
  5. Nina, obrigado pela gentileza
    das doces palavras

    e sobretudo
    pela sensibilidade
    dos seu olhar
    sobre os versos
    ...

    Carinhoso abraço.

    ResponderExcluir
  6. AnaLuz,
    o sangue na boca
    revela a cor do coração
    ...

    beijo carinhoso,
    sensível poetisa.

    ResponderExcluir
  7. Prefiro as pontas cortantes das estrelas, mas não consigo me aproximar.

    Beijo, Caval(h)eiro Mor.

    ResponderExcluir
  8. Lara, Alma Sensível Que Levita,
    o máximo que as pontas cortantes
    das estrelas te fariam
    era trocar de brilho
    com teu olhar
    ...

    Beijo carinhoso.

    ResponderExcluir
  9. Quantas alegorias, poeta! Quantas alegrias!

    ResponderExcluir
  10. sobre as andorinhas: aprendi que fazem ninho nos olhos para poderem ver-nos chorar na hora do aceno de fim de estio. e lá ficamos nós a aguardar que o vento sul as traga de volta... em vão.
    abraço, poeta!

    ResponderExcluir
  11. Camarada Fred,
    é o que nos resta:
    alegorias e iguarias!

    forte abraço,
    poeta.

    ResponderExcluir
  12. Grande poeta e meu amigo,
    Jorge Pimenta "sobre as andorinhas: aprendi que fazem ninho nos olhos para poderem ver-nos chorar na hora do aceno de fim de estio"

    lindo, cara,
    o que disseste
    ...

    forte abraço.

    ResponderExcluir
  13. Seu fofo! =)

    ResponderExcluir
  14. mais vale uma andorinha zombeteira ao dente, do que uma estrela derradeira na lente


    abraço

    ResponderExcluir
  15. Irmão Assis,
    essas andorinhas zombeteiras
    são fantásticas
    ...

    forte abraço.

    ResponderExcluir