Os passarinhos devem estar desorientados.
Podaram a árvore e não lhes avisaram.
Também era a minha predileta.
Quando a lua cheia nela batia
um dos galhos entrava pela janela.
Entendia o sinal,
pulava da varanda.
Lá no alto da copa
a lua me contava
como fora seu dia.
Sobretudo da sua última briga
com o dragão de são jorge.
É um amor impossível.
Mas eu nunca lhe disse.
A lua cheia é sensível
igual a mulher grávida.
Aliás, a lua cheia
é uma mulher grávida.
Já sabendo disso
eu levava no bolso
chocolates e pitangas.
Ficávamos até o amanhecer ela fazendo tricô
eu rabiscando uns versos e sempre havia
um passarinho acordado fingindo
que dormia.
Queria chocolates e pitangas para me salvar neste domingo... e se a lua aparecesse na minha janela, agora, juro que choraria...
ResponderExcluirAbçs.
Vc é poeta que expressa anseios, e que satisfaz desejos até da lua! ;)
ResponderExcluira lua é ávida por gestações, ciclos, quadrantes
ResponderExcluirabraço
camarada Franck,
ResponderExcluirchocolates e pitangas
é uma boa escolha
quanto à lua
deixe que ela veja
suas lágrimas
...
forte abraço.
Lara (Alma Sensível Que Levita)
ResponderExcluirespero que sempre me venham ver
essas luas (afinal o desejo
é mais meu que delas)
Beijo carinhoso.
e sobretudo por loucos
ResponderExcluire poetas (ou ambos
em um só embrulho)
forte abraço,
irmão Assis.
És fantástico!
ResponderExcluirSua poesia é fértil feito a lua cheia.
Crisântemo,
ResponderExcluire cada filho dessas luas
são também meus rebentos
...
beijo carinhoso.