Às vezes confundo o mar
e todas as suas algas
com a sombra da nuvem
e todas as suas faces.
É natural perder o juízo
sobretudo um poeta
que trabalha na rua
e mora num ovo.
Contudo, baby,
não é hora de fugires.
Pois aquilo que mais prezo
(costumo chamar de alma)
continua intacta sob mil
dobras.
A lamúria da cabocla na margem
lavando túnicas de imperadores
nada difere do meu canto torpe,
difuso, esperando o último dia
no meu quarto.
A cabocla vive presa aos devaneios.
Daí a sua melancolia e também a minha.
Um poema singelo e belo, gostei de ler. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirque onda lava a sombra?
ResponderExcluir...
os teus cílios,
ResponderExcluirCrisântemo.
Alma intacta, poesia impecável...
ResponderExcluirBjo meu!