A nossa solidão é um esmero.
Fazemos cachos nas antenas das formigas.
Assopramos livros velhos e limpamos o ventilador.
Talvez tenha sido eu o culpado
por te apresentar às formigas do quarto.
Por explicar com detalhes
como separar os livros da estante
sem distração.
Como passar a flanela
nas hélices do ventilador
com ele ainda ligado.
Tu aprendeste rápido
e com tanto zelo.
Sempre que entras no meu quarto as formigas te cercam.
Os livros parecem tremer, páginas se abrem, batem asas.
O ventilador diz que está gripado vive esquecido e só.
Loucura, confesso.
Tudo para te chamar atenção.
E tu corres, abraças formigas,
beijas livros, acalentas o ventilador.
"meu deus, o que fiz
com essa menina"
Transformou-a em poesia!
ResponderExcluirAdorei.
Lindo demais, meu querido Domingos!
ResponderExcluirEnfeite para este meu domingo que parecia minguado...
Agora, até criei coragem: vou à feira do rolo, em busca de livros e bibelôs usados.
Abraço muito, muito apertado.
Valéria,
ResponderExcluira alquimia é a salvação
dos que mexem com palavras
...
abraço carinhoso.
Elevada poetisa e amiga Zélia,
ResponderExcluirespero que tenha sorte
e encontre aquele
tipo de livro raro
(dizem que os livros
nos escolhem) e saia
da feira contente
também com um bibelô
debaixo do braço
(rs) dizendo pra si mesma:
"fiz um ótimo negócio,
fiz um ótimo negócio" (rs)
Você é uma alma especial.
Abraço carinhoso.
ares de magia ganham os seres quando hipnotizados,
ResponderExcluirabraço
Irmão Assis,
ResponderExcluiré justamente essa magia
a verdade que nos envolve
...
forte abraço.
cá fico pensando: meu zeus, de onde vem tanta inspiração?
ResponderExcluir.
.
.
Crisântemo,
ResponderExcluiressa "inspiração"
é um estado
de vigília
e de santidade
(rs)
beijo carinhoso.