Ultimamente, baby,
são os bem-te-vis
os meus guias.
Durmo de janela aberta
e acordo com essas criaturinhas
assoprando flautas da minha infância.
Caminho léguas
e eles seguem
meus passos
trocando de partituras,
espantando maus-olhados.
Os monstros do pântano
e assombrações
do deserto
fogem dos seus bicos
e dos seus blues.
Volta e meia,
pulam diante
dos meus pés
e ordenam-me:
"Poeta, vira à esquerda,
pois é sal e doce
a dama
da outra rua."
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