Às vezes,
por pura vadiagem,
jogo pela janela da varanda
sementes de maçã
e pedacinhos
das minhas
unhas.
Antes que as formigas da calçada reclamem,
os passarinhos das oitis correm ao meu auxílio
e usando as asas em forma de conchas colhem
a minha sujeira balançando o bico em reprovação.
Voam aos seus ninhos
e reciclam meus cílios,
cabelos, pele e poemas.
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