sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O último toque de recolher

Há séculos e séculos

conheço o fogo

do seu sorriso:


Uma chuva

de estrelas cadentes

que atravessa a sua rua


e cai na minha varanda

iluminando o meu peito.


O meu doce e pobre

coração de passarinho

nunca mais será aquele

frágil e louco coração 

de passarinho,


pois acomodo

entre os ossos

das minhas costelas

a sua alma encantada.

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