A cadelinha Lola
parece de alma atormentada
por uma lembrança apocalíptica
das florestas sombrias de cães órfãos.
Pensei até em acender a luz
pra ver se encontrava
a cadelinha
debaixo
da mesa
ou de uma
almofada
indiana.
Por vezes,
Lola some (encanta-se)
fugindo da própria sombra.
A sua alma deve ter convivido
com delirantes profetas e místicos
que lhe davam ossos de fantasmas
e tentavam enlouquecê-la de pavor.
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