Não há o que decifrar
no canto dos pássaros
e nos seus trejeitos
campestres,
ainda que pássaros
de calçadas de bares
as nuvens têm cheiro
de crianças soltas.
Que os pássaros cantem
e conversem entre si
o que minha mente
suporta e delira.
Não há conflito,
dores de cabeça,
maus presságios.
Sei que não sou o que a Verdade
pensa dos meus botões e me acolhe
em sua suprema
simplicidade
(ou indiferença?)
Os pássaros se bebessem vinho
acordariam dos seus sonhos
e o mundo em volta
seria trágico.
A poesia equilibra
os meus voos
e me faz mendigo
dos meus passos.
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