Por fim
chegamos
à clareza
e todos os passos tortos
tocaram-me o coração
pela sutileza
do cajado
de nuvem.
Os passos tortos e loucos
eram apenas as vozes
do pequeno homem
que suspirava
aos céus.
O reino que se abre
não julga as vestes
do miserável sábio.
O caminho é de lucidez
e chama a loucura ao mundo
a sensatez da doçura e coragem.
O rei, o miserável,
o homem e o rato
nunca da estrada
fugiram de medo.
Guarda teu segredo
como moeda de troca
no último sopro de dúvida.
Eia, eia, eia!
Os teus passos
agora são de nuvens
que queimam a sombra
da triste memória e fraca.
Acorda contigo
os teus anciãos
e moços da aldeia,
desfruta o banquete
com a fome de leão,
fantasma e crianças.
Eia, eia, eia!
O dia é a noite
dos que não dormem
e pelo caminho cantam
pássaros e sorriem cobras.
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