quinta-feira, 4 de junho de 2020

Litoral

Dentro da minha gaveta
(a um braço de onde estou)
guardo cartas antigas, moedas
de ouro e um bom punhado de erva.

Mediante o clima do ritual,
utilizo as líricas lembranças
das cartas de amor, a temperatura
das moedas de ouro e a fluidez da erva.

A cada passo,
segurança.

Esqueça as armas do passado,
a fúria e os desejos de pântano.

De onde estou
estiro o meu braço
e toco minha gaveta.

O coração,
ouve?

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