quinta-feira, 4 de junho de 2020

Dante Alighieri

O meu nariz
é simbólico.

Já entrou em frias
pra chuchu, baby.

Cheirou pelos, pó, éter,
axilas, nucas e virilhas.

Quebraram-no
duas vezes.

A primeira,
na infância

por um soco
de uma criança
bem mais velha.

A segunda,
na mocidade

por outro soco
ciúme louco
de rival.

E veja só,
o meu nariz
é um sobrevivente.

Ares epifânicos,
místicos, galantes.

Ultimamente
senhor de si.

Não entra em ciladas
tampouco é levado
a sério

pelas camponesas
que continuam 
colhendo 
maçãs

usando decotes
magníficos.

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