Os passarinhos dizem-me bom dia
jogando suas penas pela casa.
Até o pescoço
de penas:
quarto, sala,
banheiro.
Ontem quis contar essa história
mas ainda não entendia bem
o poema.
Apaguei-o e eis-me de volta
tentando decifrar o tamanho
das penas. Sim, eles falam
(comunicam-se comigo) pelo
tamanho das penas.
Ora dizem-me bom dia,
ora gritam sonetos
de Camões.
Alguns até voam
de faixa preta tapando o olho.
Passando para deixar um abraço...também como eu: procurando entender os voos dos passarinhos que por cá aparecem!
ResponderExcluirPedra do Sertão