Depois do banho,
não precisa enxugar seus cabelos,
pegue suas coisas não esqueça nem um biscoito
debaixo da cama e saia por aquela porta a qual
o meu dedo indicador magro e trêmulo aponta.
Por favor, sem charme,
firulas, não há por que abaixar-se,
rodopiar, entrar mil vezes de volta
ao banheiro - os cosméticos já guardei-os
na sua bolsinha de plástico junto com os esmaltes.
A primeira vez foi o poeta
quem lhe deixou um reino
suspenso sobre nuvens.
Agora eu pago a minha dívida
bebendo todo o sal da chuva
pelos olhos.
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